Para que conste, contudo, o Messi, que foi eleito o melhor jogador da final, não esteve sequer entre os três melhores da sua equipa. Se fizessem um inquérito aos futebolistas que estiveram em campo, provavelmente a eleição seria qualquer coisa como isto: em primeiro lugar, Iniesta; em segundo, Xavi; em terceiro, Piqué.
Já em relação ao título de melhor jogador do mundo, haveria uma maneira fácil - ou melhor, impossível, mas apenas pela sua complexidade "técnica", e não pela essência da ideia - de saber quem ele é.
Fazia-se uma reunião entre os proprietários dos trinta clubes mais ricos do mundo para eles dizerem aos seus treinadores que, graças a um apoio de um patrocinador qualquer - um tipo da Coca-Cola, vá lá -, tinham autorização para comprar uma super-estrela, qualquer uma, assim mais ou menos como faz o Florentino Pérez, o primeiro tipo a descobrir que ter um Figo a jogar e ao mesmo tempo a vender camisolas do Real Madrid aos chineses saía de borla.
E os treinadores tinham de ficar convencidos de que iriam ter, mesmo, o jogador que escolhessem. Qualquer jogador do mundo.
Obviamente, os treinadores iriam escolher o jogador em redor do qual pudessem formar a sua equipa, aquele que considerassem o melhor jogador do mundo, de facto o mais valioso, o potencialmente mais importante no jogo, aquele que, por si só, mais colocaria em vantagem a sua equipa, no cômputo geral daquilo que é um jogo de futebol.
No fim, recolhiam-se os votos, e quem tivesse mais ganhava.
Eu sei quem é que escolhia.
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